quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Como frequentei a universidade já tarde, com emprego, filhos, marido e casa, nunca participei naquilo a que se chama "vida académica". Se por um lado não tinha tempo nem disponibilidade, por outro achava tudo aquilo demasiado imbecil para mim. Os trajes académicos, os gritos de "eférriá", os desfiles, as bebedeiras, os concertos de música chunga para acompanhar estados de ausência por embriaguez, tudo isso me parecia pertencer a um planeta distante onde eu dispensaria viver.
Mas não escapei a tudo. Sempre que era necessário fazer trabalhos de grupo pela noite dentro, dava comigo em apartamentos alugados onde, invariavelmente, acontecia uma ou mais das seguintes situações:
- Havia lixo e desordem por todo o lado;
- Havia um casal (ou mais) a divertir-se em altos decibéis no quarto ao lado;
- Uma ou mais pessoas estava com uma grande moca e não tinha condições de pensar em linguística ou literatura.

A melhor de todas, porém, foi quando uma vez se ouviu um grande estrondo contra a parede da sala onde estávamos e apareceu uma mocinha em estado "natural" e segurando a cabeça dorida, a insultar o rapaz com quem estava no quarto, que era um inútil e que nem uma pinada sabia dar em condições sem lhe atirar com a cabeça contra a parede.

16 comentários:

Anónimo disse...

Sua vida acadêmica passou bem longe de ser monótona! :)))
Fiquei cá, com a minha imaginação nada fértil, imaginando como é que ele iria atirar a cabeça dela contra a parede numa pinada... Uau! Sexo radical! :))))

Sueli Maia (Mai) disse...

Explicada a tua escrita irretocável resta comentar as 'orgias' acadêmicas que mais pareceu-me um daqueles filmes em que universitários correm nus pelo campus...Fora dele eram as daí.
Mas fiquei pensando que 'posiçção' atrapalhada essa...
Irei rever no Kama Sutra se alguma correspondência poderia justificar uma 'cabeçada' dessas...

Agora registro que o fundo musical 'amor I love you'... é perfeito, mais uma vez...

...

Castanha Pilada disse...

Senhora e Mai, isso também eu queria entender e não entendi. É que nem puxando muito pela cabeça!

Miepeee disse...

Isso e o que se chama dar uma contra a parede.
Durante os tempos de universidade nunca vivenciei algo semelhante, felizmente :)

Castanha Pilada disse...

Contra o tecto ainda deve ser mais difícil... mas dessas nunca vi.

cereja disse...

:))

Felizmente no «meu tempo» (já há muuuitos anos)a Universidade por onde passei era a de Lisboa e nem sequer existiam os usos das 'praxes' que agora é por todo o lado. E não havia 'repúblicas' os rapazes ou raparigas de longe alugavam um quarto e para se estudar em grupo era em café o que não dava para cenas dessas. Mas realmente fica-se a pensar que raio de estranha posição fazia a moça dar com a cabeça na parede....?!

kuka disse...

Querem ver...Até um simples cozinheiro como eu, consegue imaginar a cena com as respectivas posições e, vocês, umas senhoras que estudaram nas melhores Universidades do País e do estrangeiro, não conseguem. Eheheheheh!

Paula Baltazar Martins disse...

Que animadas noites de estudo :)
Bem... Eu também não vivi a vida académica na parte da folia pelo mesmo motivo que tu, fui mais tarde para a faculdade e trabalhava. Apenas tinha tardes de estudo e sem animação adicional.
Bjos

paulofski disse...

Coitada da moça, ela que só queria uns apontamentos teve que marrar a matéria toda!

Taralhoca disse...

18 anos. Coimbra. Pela 1ª vez a viver fora de casa.
Pois. A minha vida académica foi como desmanda Deus. Álcool à parte, que sou um bocadinho para o abstémia.
Apesar disso nunca tive nenhuma colega de casa que tivesse queixas semelhantes. Se bem que suspeito que a minha vizinha de cima sofresse de mal semelhante. No caso dela não contra a parede, mas contra a cabeceira da cama. O que ela gritava, a pobrezinha...

Anónimo disse...

Até conheci algumas dessas partes da "vida académica" apesar de nunca lhe ter achado muita piada. e tenho histórias parecidas. os apartamentos eram mesmo assim. o incrível é que também conheço quem continua a viver uma eterna vida académica.

Gi disse...

Deve ser uma pinada de ponta a cabeça; alguma posição kamasutrense que não lembra nem ao Kama Sutra.

mfc disse...

Esse era o tempo das paredes de tijolo.
Se fosse hoje, com as paredes de pladur , aparecia logo na sala a cabeça da pequena...e se calhar sem galos!

Castanha Pilada disse...

Emiele, que bonitos eram esses tempos sem os toscos das praxes!!!

Kuka, explica! Explica! Explica! Tu não me digas que a moça estava de gatas com a cabeça virada para a parede! Porra, nem me tinha lembrado de tal! :)))

Dantins, as coisas que tu perdeste!!!

Lol Paulofsky!!!

Não me digas Taralhoca? E nunca experimentaram doutra maneira? Foi sempre contra a cabeceira???!!!

Poppie, esses são os chamados filhos de paizinho rico!

Gi, de ponta a cabeça está bem baptizada.

Lol mfc, fartei-me de rir a imaginar essa cena!

Templo, essa do copy paste é que é má. Eu não sou amigo, sou amiga. Beijinho

Nós, Os Cachorros disse...

Amiga sabes que não tenho muito tempo durante a semana para ficar vendo seu blog. Então costumo num dia da senama tirar o atrazo lendo todos os posts que perdi...
Estou ame matar de tanto rir...
Você é ótima mesmo escrevendo!!!
Ah! Preciso de um favor, não sei ainda o que significa fixe em portugues de Portugal...

Castanha Pilada disse...

Fixe é... acho que é o que vocês chamam legal! :)))