Costumava ir com alguma frequência àquele restaurante. Era daqueles grandes, com muito barulho e muita confusão, coisas que detesto, mas comia-se bem, coisa que me agrada. Por isso ia.
Ia, até ao dia em que, na mesa mesmo ao meu lado com uma numerosa família de avós, pais e netinhos insuportáveis, um dos masculinos comensais, com a maior calma e descontracção do mundo, tirou a dentadura e, com a unha do dedo pequenino da mão direita (que imagino tivesse deixado crescer para esse efeito) retirou todas as pequeninas febras de leitão assado que tinham ficado presas entre os dentes postiços.
O Tempo Entre Costuras
Há 4 semanas
7 comentários:
Eu tenho que me lembrar de pedir o nome deste restaurante para quando eu aí for.
Para passar bem longe! :))
Eu fico imaginando se fosse eu e ainda estivesse com os meus moleques. Na idade em que estão, era bem capaz de se sentirem à vontade para fazer campeonato de arrotos.
Eca, Deus me livre!
E o que vc fez?
Bjos no coração!
Essa agora, fez-me lembrar a história dos dois irmãos, muito pobrezinhos, que tinham apenas uma dentadura para os dois.
O primeiro a acordar era o que tirava a prótese de dentro do copo de água e aplicava na boca.
Um dia o primeiro a acordar deitou a mão à dentadura meteu-a na boca e exclamou: Ah seu malandro! Ontem à noite comeste pastéis de nata!
Senhora, fica ali entre o Douro e o Tejo. Facílimo de encontrar. Quanto ao campeonato de arrotos fiquei intrigada, costuma haver um júri?
Erica, eu tive vontade de me atirar para o chão a chorar!
Kuka, nem sei que te diga! Lol!!!
Nem precisa de júri! Neste caso eles mesmos são e são muito justos!:)) Meus irmãos faziam e os vizinhos também. Era nojento. Mas eles riam tanto que acredito que seja muito divertido, também. :) Pelo menos para eles.
Asco!!!
:))))
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