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A minha filha: A M… copiou tudo por mim no teste e a professora descobriu. Depois castigou-me só a mim.
Eu: A culpa é tua!
A minha filha: Minha???!!! Mas não fui eu que copiei!!! Juro!!!
Eu: Acredito. Mas deixaste copiar, não devias.
A minha filha: Vais-me dizer que quando andavas no liceu não deixavas copiar!...
Eu: Claro que não! Nem no liceu nem na universidade. Cada um que estudasse para si. Eu queria ter as melhores notas, e para isso não podia deixar copiar.
A minha filha: Eras gananciosa por notas???!!!
Eu: Era! E ninguém copiava por mim!
A minha filha: E se alguém te pedisse, como era? Como é que encaravas a pessoa daí para a frente?
Eu: Não dizia que não nem que sim. Não deixava copiar e depois podia dizer que a professora estava sempre a olhar, por exemplo.
A minha filha (chocadíssima): Mas tu és do mais sonsa que há!!!...
O Tempo Entre Costuras
Há 4 semanas
9 comentários:
Aqui é que não estamos de acordo e virá ao de cima a nossa diferença de idades (imagino eu ).
Eu sou do tempo da solidariedade, para mim mesmo que viesse para a rua acima de tudo estava o facto de salvar o meu companheiro enrascado.
Muitos deles são os meus amigos de hoje. Não acredito que nas novas gerações isto aconteça, salvo raras excepções
Mas também não havia a competitividade pelas médias para entrar na faculdade
Bom, nunca foi gananciosa por notas, mas, por outro lado, nunca tive a menor paciência para "passar cola" a colega. Assim, diplomaticamente, deixava que colassem - desde que entendessem a minha letra.
Só tentavam colar na primeira prova.
Adorei esse Rui Veloso!
Nunca tive esse problema. Ninguem queria copiar as minhas respostas que por norma estavam erradas.Lol!
Luís, não contes a ninguém que a miúda não pode saber, mas eu também essa fase parva da solidariedade. Mas na universidade já me tinha curado.
Senhora, sonsa e refinada! Lol!
Lol Kuka, assunto arrumado! :)))
Ainda bem que nao fomos colegas .....sua gananciosa :P
Lol, gostavas de espreitar, era?
Pois é, subscrevo o que diz o Luís Maia. Deve ter muito a ver com a competitividade actual, que não havia de todo no meu tempo. Se acontecesse um azar como esse da tua filha, o mais normal seria que a minha amiga se fosse acusar à professora, explicando que tinha sido ela a deitar um olho à minha página... Havia muita solidariedade.
Mas, outra coisa: o final da tua história não o classificaria como sonsice. Era uma «maneira airosa» de não ficares de mal com a tua amiga. Digamos «diplomacia». :)
Emiele, há diferenças. Mas nós sobrevalorizamos um bocado a nossa geração, digo eu... lá porque sabíamos ler, escrever e contar!... Grande coisa!
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