No centro comercial, parei para um lanche daqueles que eu chamo "substituto do almoço para aguentar até ao jantar". Pedi:
- Um descafeinado cheio e um queque de aveia por favor.
A empregada brasileira reformulou, como que a ter a certeza que tinha percebido bem:
- Um djiscafênado e uma queca dji avéia?
Um pouco surpresa fiz uma pausa. Mas depois respondi, como se nada fosse:
- Sim, isso mesmo.
E pensei:
- Deve estar cá há pouco tempo.
Lembrei-me da estagiária brasileira que tive há alguns anos. Uma rapariga muito divertida que dizia, entre outras coisas, que "ia precisar de durex para fazer trabalhos com as crianças" e que "sabia fazer broches muito legais usando material reciclado". Tenho saudades dela.
O Tempo Entre Costuras
Há 4 semanas
11 comentários:
Outro dia, uma amiga francesa, disse que riu na rua quando passou por ela um grupo de pessoas bem falantes. Todos brasileiros. Como ela sabia? "dji,dji,dji", disse-me ela, rindo. :))
Ei! Eu não falo avéia! Vocês é que falam avêa! :))))
Outro dia estava falando com um amigo angolado. (cruzes!) Não deu. Só com legenda! Implorei para que ele falasse mais devagar. Sem chance.
Isso, porque todos falamos português... :)
O problema não era na aveia! Lol!
Aliás, o problema não foi em lado nenhum, estas coisas são só engraçadas.
Claro que a nossa língua falada "à brasileira" fica logo muito mais alegre. Dji, dji, dji não é engraçado? Depois, é claro que os termos um pouco (... cof... cof...) mais particulares de cada língua só são dominados pelos falantes da dita, ou que já a dominem muito bem! A verdade é que por exemplo, em Portugal quando eu era criança, toda a gente dizia naturalmente que estava na bicha do autocarro, na bicha para comprar bilhetes para o cinema, na bicha do supermercado. Quando "chegaram os brasileiros" o termo de repente desapareceu, passou a usar-se "fila" que dantes era mais raro, porque lá no Brasil (e agora cá também) 'bicha' é maricas. Ou seja, esta coisa é um tanto contagiosa.
A 'queca de aveia' que a menina te ofereceu, devia fazer pendant com a tal que era par de um soutien na montra de uma loja dizem que em Faro...
:)
Lol, essa de Faro era baratíssima, mas a de aveia ainda foi mais!
É tão bom ter pessoas criativas ao nosso redor né?
Qto ao selo, vc merece!
Bjoooooooooo!
Já deu um pulinho no meu outro blog?
Te espero lá!
* Estou a te seguir com o novo perfil!
senhora efectivamente não captou que o toque especial não estaria na aveia e no modo de pronunciar fazendo-me lembrar o que há uns anos me disseram no Porto, quando alguém descobriu que eu era de Lisboa, dizendo com o saber especial do seu modo de falar.
è por causa do sotaque carago
Com materiais recicláveis acredito na legalidade do broche e por certo na sua originalidade. Óptima ideia para as fantasias mais estimulantes, pena é que sejam para por ao peito, segundo julgo.
Imagino que sim, afinal davas umas boas risadas :)
Emiele, essa de "bicha" fui pega em Portugal por um senhor portugues. Estávamos em um restaurante e blábláblá e ele me comenta que o restaurante é muito frequentado. - Olhe a bicha!
E eu olhei, olhei, olhei e não via nada... só uma fila enorme. Evidente,eu com uma cara de idiota.
Ele caiu na risada, porque havia feito de propósito. A fila estava enorme!
Luis, mas temos um sotaque tão bonitinho... :))))) aliás, muitos. ;)
Castanha, eu já mandei um arquivo para você de uma rádio de Quixeramobim (já com legendas, claro, porque nem eu entendo aquilo)?
Erica, ainda não dei mas vou dar! :)
Luís, eram giríssimos os broches da L...
Miepeee, dávamos sim. Foi uma época muito divertida.
Senhora, já vou ao mail ver isso!
Enviar um comentário