quinta-feira, 12 de março de 2009

No centro comercial, parei para um lanche daqueles que eu chamo "substituto do almoço para aguentar até ao jantar". Pedi:
- Um descafeinado cheio e um queque de aveia por favor.
A empregada brasileira reformulou, como que a ter a certeza que tinha percebido bem:
- Um djiscafênado e uma queca dji avéia?
Um pouco surpresa fiz uma pausa. Mas depois respondi, como se nada fosse:
- Sim, isso mesmo.
E pensei:
- Deve estar cá há pouco tempo.

Lembrei-me da estagiária brasileira que tive há alguns anos. Uma rapariga muito divertida que dizia, entre outras coisas, que "ia precisar de durex para fazer trabalhos com as crianças" e que "sabia fazer broches muito legais usando material reciclado". Tenho saudades dela.

11 comentários:

Anónimo disse...

Outro dia, uma amiga francesa, disse que riu na rua quando passou por ela um grupo de pessoas bem falantes. Todos brasileiros. Como ela sabia? "dji,dji,dji", disse-me ela, rindo. :))

Ei! Eu não falo avéia! Vocês é que falam avêa! :))))

Outro dia estava falando com um amigo angolado. (cruzes!) Não deu. Só com legenda! Implorei para que ele falasse mais devagar. Sem chance.

Isso, porque todos falamos português... :)

Didas disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Castanha Pilada disse...

O problema não era na aveia! Lol!
Aliás, o problema não foi em lado nenhum, estas coisas são só engraçadas.

cereja disse...

Claro que a nossa língua falada "à brasileira" fica logo muito mais alegre. Dji, dji, dji não é engraçado? Depois, é claro que os termos um pouco (... cof... cof...) mais particulares de cada língua só são dominados pelos falantes da dita, ou que já a dominem muito bem! A verdade é que por exemplo, em Portugal quando eu era criança, toda a gente dizia naturalmente que estava na bicha do autocarro, na bicha para comprar bilhetes para o cinema, na bicha do supermercado. Quando "chegaram os brasileiros" o termo de repente desapareceu, passou a usar-se "fila" que dantes era mais raro, porque lá no Brasil (e agora cá também) 'bicha' é maricas. Ou seja, esta coisa é um tanto contagiosa.
A 'queca de aveia' que a menina te ofereceu, devia fazer pendant com a tal que era par de um soutien na montra de uma loja dizem que em Faro...
:)

Castanha Pilada disse...

Lol, essa de Faro era baratíssima, mas a de aveia ainda foi mais!

Erica de Paula disse...

É tão bom ter pessoas criativas ao nosso redor né?

Qto ao selo, vc merece!

Bjoooooooooo!

Já deu um pulinho no meu outro blog?

Te espero lá!

Erica de Paula disse...

* Estou a te seguir com o novo perfil!

Luís Maia disse...

senhora efectivamente não captou que o toque especial não estaria na aveia e no modo de pronunciar fazendo-me lembrar o que há uns anos me disseram no Porto, quando alguém descobriu que eu era de Lisboa, dizendo com o saber especial do seu modo de falar.

è por causa do sotaque carago

Com materiais recicláveis acredito na legalidade do broche e por certo na sua originalidade. Óptima ideia para as fantasias mais estimulantes, pena é que sejam para por ao peito, segundo julgo.

Miepeee disse...

Imagino que sim, afinal davas umas boas risadas :)

Anónimo disse...

Emiele, essa de "bicha" fui pega em Portugal por um senhor portugues. Estávamos em um restaurante e blábláblá e ele me comenta que o restaurante é muito frequentado. - Olhe a bicha!
E eu olhei, olhei, olhei e não via nada... só uma fila enorme. Evidente,eu com uma cara de idiota.
Ele caiu na risada, porque havia feito de propósito. A fila estava enorme!

Luis, mas temos um sotaque tão bonitinho... :))))) aliás, muitos. ;)

Castanha, eu já mandei um arquivo para você de uma rádio de Quixeramobim (já com legendas, claro, porque nem eu entendo aquilo)?

Castanha Pilada disse...

Erica, ainda não dei mas vou dar! :)

Luís, eram giríssimos os broches da L...

Miepeee, dávamos sim. Foi uma época muito divertida.

Senhora, já vou ao mail ver isso!