Enquanto escolhia na loja uma prenda bonita para o aniversário do meu filho, detive-me em duas pessoas perto de mim que discutiam acesamente. Eram de certeza mãe e filho, porque a semelhança dos traços fisionómicos e a diferença de idades o denunciava. O que me chamou a atenção, mais do que o facto de estarem a discutir numa loja de roupa, foi o facto de o fazerem numa língua que eu desconhecia e nem sabia identificar. Será árabe? Checo? Aproximei-me discretamente a tentar ouvir. E aí sim, consegui descodificar duas frases:
- Ouh felhe! Voi vestiúr!
- Nan vô nede!!!
Eram açoreanos.
O Tempo Entre Costuras
Há 4 semanas
7 comentários:
Eu diria -"Micaelenses".
Ahahaha, andei meses para tentar perceber um anuncio que havia na televisao com um homem que anunciava um queijo. Ja nem me lembro a marca.
Beijinho.
:)
tal e qual!
Mas a mariquinhas tem razão, essa pronúncia terrível com os u à francesa, é de São Miguel. Por exemplo em Santa Maria o sotaque é ligeiro, como um beirão ou alentejano têm sotaque.
Mariquinhas e Emiele, esse é de facto um pormenor que eu desconhecia. Obrigada.
Miepeee, a razão do grande sucesso do anúncio foi mesmo essa.
Isso me lembrou André, quando estava de passagem pela Austrália, no quarto do hotel tentando decifrar que lingua era aquela falada no filme. Só conseguiu quando ouviu: porcos! porcos! Daí em diante foi até fácil entender o filme... :)
O meu "pormenor" foi uum reconhecimento à sua eficácia na escrita dos fonemas (não sei se poderá dizer assim)que eu decifrei logo.
Mas também por ser o sotaque mais "genuíno"-toma-se a parte pelo todo -
vê-se logo que sou Micaelense e o Pauleta também... eheheh
Mieppeee: o queijo "Terra Nostra"
Senhora, curiosamente é uma coisa que acontece com mais frequência do que pensamos. Basta estarmos convencidos que não conhecemos a língua e já não a compreendemos.
Lol Mariquinhas! É que nos comentários não se nota nada! :)))
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