quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Era um homem idoso e sentou-se à minha frente com ar desanimado.

- Minha senhora... Eu venho aqui fazer uma queixa sobre um vizinho...
- Sim. O que é que se passa então?
- Ele faz as porcarias num balde e vai despejar à minha porta.
- Como?!
- Eu explico. Ele faz as porcarias, sabe, aquelas coisas que se fazem na retrete? Ela faz num balde. Depois despeja à minha porta.
- Mas porque é que ele faz isso???
- Ele é "estrambulhado". Mas eu é que não tenho culpa.
- O senhor já chamou a polícia?
- Chamei, ainda hoje lá estiveram. Muito simpáticos por acaso, era uma rapariga e dois homens. Mas eles a modos que olharam para aquilo... e disseram-me para vir aqui que vocês é que resolviam.

Pois - pensei eu cá para mim - a merda é para nós.

8 comentários:

Anónimo disse...

Que vizinhoZINHO e que policiaZINHA! Sempre é mais fácil empurrar a m**** para o outro.

bjs

mfc disse...

Sai-te cada um na rifa!!!

Sininho disse...

e o pobre do sr é feito bola de ping pong..., anda empurrado de um lado para o outro e ninguém lhe resolve o problema, lol
bjs

Paula Raposo disse...

Complicado de gerir!! Beijinhos.

Taralhoca disse...

No "despachar" é que está o ganho. Ganhasse em tempo e em menos dores de cabeça.
Infelizmente há sempre dois que ficam na merda: o despachado e o que recebe a "encomenda" despachada.

Taralhoca disse...

Ganha-se!
Isto de fazer três coisas ao mesmo tempo não dá bom resultado ortográfico...

cereja disse...

Era doente mental ou quê?
Mas não há uma coisa ligada à saúde para esses casos? Agora não me lembro do nome (e tenho preguiça e ir ver...) mas estava convencida de que existia.
faz dó o pobre do homem com esse doido ao lado.

Castanha Pilada disse...

Senhora, infelizmente é prática corrente... empurrar.

mfc, eu devia ganhar o dobro.

Sininho e Paula, é lixado assistir a uma cena destas e não poder fazer nada, acredita.

Taralhoco, principalmente o despachado.

Emiele, eu fui procurar e achei, um organismo responsável por crimes contra a saúde pública e o ambiente, dependente da GNR. Dei-lhe o contacto, não sei o que aconteceu a seguir.