Ser uma das mais velhas no local de trabalho confere-nos, para além de alguma autoridade, o estatuto oficial de contadora de histórias. Se não fosse por nós, como é que os mais novos iam ficar a saber dos grandes escândalos de tempos idos? Quem lhes ia contar que aquela senhora respeitável de meia-idade já tinha sido apanhada na cantina a amar em cima das hortaliças do almoço? Como ficariam informados sobre a estranha vida sexual dos que já se reformaram? Dos engates clandestinos que toda a gente soube mas se perderam no tempo? Como? Porque ainda que alguns possam estar a pensar que isto são futilidades desnecessárias, eu não concordo nada! É muito importante manter viva a tradição oral dentro da organização e assim criar o sentimento de pertencer a um local com história. Ora nem mais!
6 comentários:
Muito bem visto, não há nada como a "tradição oral" - muito valorizada pelos eruditos...:))
Eu tive um chefe, curiosamente de familia portuguesa, que concordava plenamente com você. Dizia-me que uma empresa que se preze tem que ter seus "folclores". Acredito que ele nunca imaginou que pegar alguém a amar sobre as hortaliças poderia ser parte disso, mas com certeza ele morreria de rir. Depois... depois... :))))
beijinhos
Há que passar a história, os testemunhos são sempre importantes para manter vivo o passado e os mais novos gostam sempre de saber :)
E depois há as histórias mesmo engraçadas!
É giríssimo ser a mais velha! E quando somos "duas mais velhas" e se começa a recordar histórias com os mais novos de boca aberta?!
:)
Quando morre um velho desaparece uma biblioteca inteira.
Quando se reforma um sénior vai-se o "livro dos horrores" da casa.
Por isso convém passar o testemunho aos mais novos antes, para que dêem continuidade à história da "família". :)
Nem mais Mariquinhas. :)))
Senhora, no caso daqui, quem foi comer as hortaliças a seguir não achou muita graça quando descobriu.
Claro Dantins, é cultura!
Emiele, isso sim é a loucura!
Claro Taralhoca, eu não vou estar lá para sempre!
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