Foi num sarau de ginástica onde ia actuar a minha filha mais velha, num esquema colectivo de fitas e bolas. E eu lá fui, com os outros dois mais novos e armada de câmara de vídeo, daquelas VHS que eram capazes de matar alguém se lhe caísse em cima da cabeça.
Depois de muita seca e de miúdas e graúdas a dançar porcarias sem jeito nenhum, chegou a vez dela. Eu, lá me levantei, de câmara em punho, e escolhi o melhor ângulo para captar para a posteridade aquele grande momento para a humanidade. Nervosa, claro! E se ela se enganasse? E se corresse mal?
O esquema começou com as miúdas em pose de partida, todas penteadinhas e de fatinho igual, tão lindas! Mais linda a minha do que as outras, claro! Mas a cerca de um minuto do fim, aconteceu o que eu mais temia: A fita da minha filha enrolou-se na fita de outra e ambas deram um nó que, quanto mais se puxava, mais cego se tornava. E enquanto o resto do grupo continuava o esquema, confuso com o que estava a acontecer, a minha filha e a outra miúda desatavam um nó à unha, paradas no meio do pavilhão. E eu ali, de câmara de vídeo na mão, lavada em lágrimas...
O Tempo Entre Costuras
Há 4 semanas
10 comentários:
Estou a imaginar a cena, sim! Vá lá que com a minha filha e os espectáculos anuais de ballet não aconteceram casos assim. Mas eu ficaria como tu...beijinhos.
Como os meus são meninos, eu sempre podia esperar de tudo! Tudo!!! Até ele ficar parado no meio do palco admirado com o imenso telão que mostrava os outros a dançar... menos ele. :)))
bjs
Mae sofre :)
Lágrimas de tanto rir. Presumo.
como dizia meu pai: meu filho, meu orgulho, meu grande bagulho!
mas apoiamos sempre até o final, bem ou mal!
Paula, E ela até fazia aquilo sempre tão benzinho! Azar do caraças!
Lol Senhora, com 14 anos?
Miepeee, é mesmo!
Kuka, és mau!
Monday, são sempre o nosso orgulho. Mesmo quando corre mal :)
14 anos??!! :)))
Eles nem sobem em palco algum! :))
Aliás, minto. Davi sobe. Mas jamais para danças! :))
Eu espero não ser mal interpretada mas, por compreender e já ter passado a angústia que lhe levou às "lágrimas", agora também me ri bastante, não resesti Castanha, a história é extraordinária!!!
Claro que dá para sorrir, mas imagino que na altura não se achou nenhuma graça!
Desta vez contaste duas histórias que me fizeram lembrar outras tantas cenas passadas comigo. Não estive a filmar que não tinha dessas coisas, mas tinha uma máquina fotográfica. E era um sarau de ginástica da Academia Recreativa do meu bairro, onde na classe infantil estava o meu rebentinho aí com uns três ou quatro anos. Pequenino mesmo, e ainda parecia mais ali no meio da pista. E não é que às tantas se desata o atacador da sapatilha?! e ele não está de modas, senta-se no chão, e tenta remediar o caso. Confusão grande porque não era suposto uma interrupção e estando ele num grupo, todo o grupo era afectado. Eu envergonhadíssima, quando ouvi várias pessoas a dizerem «Olha aquele tão queridinho! A querer dar o nó no atacador!»
Bem. Se o achavam queridinho (eu também, mas não contava!) estava tudo salvo.
E o professor foi a correr e tirou-lhe os dois sapatos, acabou o resto em peúgas...
Senhora, menino é menino! Lol!
Mariquinhasm agora eu também já me rio! :)
Ah Emiele, mas essa com 3 aninhos não conta :)! A da minha já foi das graves! :)
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