quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A empresa era francesa, por isso, naturalmente, chegou um director francês. Particularmente arrogante. Todos os trabalhadores eram portugueses. E como bons portugueses, nunca questionaram a autoridade, nem nunca se defenderam das humilhações diárias. Mas também, como bons portugueses, contornaram a questão da vingança.
Logo nas primeiras semanas, ao ouvir repetidamente a expressão "não tenho pachorra", o chefe francês perguntou o que queria dizer aquilo. O funcionário que lhe explicou, explicou-lhe bem, mas "esqueceu-se" de mencionar que ele não estava a pronunciar correctamente. O director passou anos em Portugal a usar a expressão "não tenho pachacha", sem saber o que estava dizer, e quando toda a gente à sua volta se ria, ele achava apenas que tinha um sentido de humor de primeira água.

14 comentários:

kuka disse...

E isso quer dizer o quê?

cereja disse...

Um francês arrogante??? Nããããããoooo?!?!

Claro que a vingançazinha soube bem, mas irrita-me imenso a docilidade com que se aceita esse tipo de atitudes na linha do «manda quem pode...»

GRRRR.... Fico sempre completamente assanhada!

Kruzes Kanhoto disse...

Genial. Ou como diz o outro pela boca morre o peixe...

Castanha Pilada disse...

Kuka, quer dizer "não há paciência"!

Emiele, há arrogantes de todas as marcas. Digo eu.

Kruzes, este era um peixão.

Taralhoca disse...

Nós, os portugueses, somos de um sentido de humor refinadíssimo. Sobretudo à hora de retaliar.

Anónimo disse...

Lindo!

Gi disse...

E de facto, não tinha ele pachacha, nem os empregados pachorra; havia um pechiché ao menos(palavra que abomino e que podes ver no meu blogue)?

FRANCO disse...

Mas que pachachada...isso lembra uma história que se passou com uma amiga minha brasileira que nunca pedia um queque num café....
em breve esta história no francamente.blogspot.com

Miepeee disse...

E natural que ele nao tivesse, mas nao precisava de dizer a toda a hora...ahahah

Castanha Pilada disse...

Taralhoca, vai sendo das poucas coisas que temos.

Poppie, lindíddimo!!! :)))

Gi, também gosto dessa. Sempre gostei dessa palavra!

Franco, eu uma vez tive uma colega holandesa que pediu uma queca na pastelaria. Quando o pasteleiro lhe perguntou "Mas quer aqui ou vamos lá atrás?", ela respondeu "Vamos lá atrás", a pensar que ela perguntava se era para comer ali ou para levar.

Miepee, há pessoas que gostam de marcar bem a sua posição. :)))

kuka disse...

Essa eu sei. A minha dúvida é a pachacha.

Anónimo disse...

e o imigras em frança?que veem falar françes quando veem de ferias..entram nas lojas e françes para aqui e françes para ali....

Anónimo disse...

Por aqui a farra é a mesma! E não só em francês, evidentemente... :) :)

Castanha Pilada disse...

Tadinhos Papagaio. É outra onda, é mesmo só a quererem ser alguém...

Senhora, aqui também não é só em francês.