segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Quando nos mudámos para um apartamento, daqueles com quarto e casa de banho de criada ao pé da cozinha, a maior novidade foi a campainha de chamada. Para os meus pais, aquilo foi um objecto exótico que eles não tencionavam usar, para nós foi um fascínio e fonte de inúmeras e animadas brincadeiras. Uma delas era ver quem conseguia, em menos tempo, percorrer a casa toda a tocar a campainha de chamar a criada até todos os números terem caído no mostrador da cozinha. Eram cinco. Claro que hoje em dia continuamos a brincar, como todos os adultos fazem, mas perdemos a capacidade de abrir um sorriso sincero com estas coisas simples.

5 comentários:

saltapocinhas disse...

É verdade, parece que estamos todos mais cínicos...

Parabéns pelo aniversário!!

cereja disse...

Que engraçado, era realmente uma coisa muito exótica :) Na minha casa nunca houve disso, mas havia uns amigos dos meus pais que a casa tinha uma geringonça dessas, e eu ficava fascinada. Assim aparelhos de «chamar a criada» sem ser de voz, só em casa da minha avó, uma campainha em cima da mesa da casa de jantar. Era linda. Eu adorava aquilo, e hoje está na minha casa como bibelot é claro.

Mariquinhas disse...

Na casa dos meus pais ( uma casa dos anos 40 na Filipa de Vilhena Lx onde fomos viver a partir de 76) também havia essa "geringonça" como chamou a Emiéle e que eu também chamaria...;)) Ficava dentro de numa caixa com duas faces envidraçadas a daram para o corredor e para a cozinha, a minha irmã mais nova com 12 anos em parceria com o meu filho mais velho com 2 anos na altura - foi quem mais partido tirou do "brinquedo" - objecto, para os restantes, inútil ;))

Mariquinhas disse...

Ainda a propósito - em pequena, com os meus irmãos, no bairro onde vivia, era uma grande emoção tocar à campainha dos vizinhos e fugir - simples - mais simples - não há - o pior era o correctivo que apanhávamos quando éramos descobertos;))

Castanha Pilada disse...

Saltapocinhas, eu não lhe chamaria cinismo. Estamos mais complicados, é isso.

Emiele, também conheci essas campainhas de chamar a criada. Foram as percursoras.

Mariquinhas, quem nunca brincou de tocar a campainha e fugir? :)))